O FUNCIONÁRIO DOS FRANCESES
Artigo escrito com inspiração do meu ídolo Chico Buarque de Holanda
Agonizou no meio do passeio público e morreu na contramão atrapalhando o tráfego, o pobre senhor agora conhecido Moises na letra parafraseada do Chico em ˜Construção˜, trouxe na tragédia cúmulo da desumanidade ante a morte numa das unidades da rede de supermercados francesa, o paralelo de duas situações peculiares envolvendo uma mesma empresa.
Primeiro a história da cadelinha Manchinha em novembro de 2018 que foi morta com barra de ferro após tentativa de envenenamento por um funcionário que estava a seguir as ordens de outro funcionário, este que deveria deixar o ambiente limpo para que outro e mais importante funcionário do que os dois que viria fazer-lhes uma visita em grande loja de Osasco. Após acordo, os gigantes do varejo desembolsaram 1 milhão para um fundo de proteção dos animais em iniciativa da prefeitura municipal, todavia em novembro de 2019 reconheceram ter aproximadamente 600 mil comentários negativos em suas redes sobre o ocorrido.
E nesta semana, o homem que foi ''escondido'' morto no meio da loja por caixas de cerveja e guarda-sóis, trouxe a mesma marca de varejo ao noticiário negativamente. A declaração no Instagram, ao mesmo tempo que reconhecia o erro de ter tratado de forma inadequada o inesperado falecimento, fazia uma mea culpa afirmando ter feito os primeiros socorros no local e não retirou o corpo por recomendação do SAMU. No chão da loja ficou ali um dos mais de 10 milhões de funcionários do comércio brasileiro que representava a empresa de 80 bilhões de euros em faturamento, mas era só um cidadão "José" como deve ter comentado quando soube, o Brown.
Após pensar que o supermercado continuou aberto por 4 horas e o defunto que tropeçara no céu como se fosse bêbado se acabou no chão como pacote flácido; me pus a questionar o preço de uma vida para uma certa empresa - seja ela de que espécie fosse. Apenas uma vida!
Sobre a família que foi citada em nota publicada na rede social:
Deus lhes pague.
DARIO VASCONCELOS - Os bastidores da Lei Henry Borel
ÉRICO SINFRÔNIO - NEM TUDO QUE RELUZ É OURO
RALPH MARIANO - Cenário Político aquecido para o Governo de SP