A VACINA DO BRASIL
Agora sim, finalmente!
Desde que foi registrado o pedido para uso emergencial no Brasil da vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac e importada para produção pelo Instituto Butantan, criou-se uma verdadeira celeuma em torno da isenção da Anvisa através de pressões que jamais deveriam existir em um órgão técnico e portanto apolítico.
Assim que foi solicitado o registro da Coronavac junto ao órgão responsável, o laboratório Astrazeneca também indeferiu pedido pelas doses elaboradas em Oxford e que no Brasil serão produzidas pela Fiocruz.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca escondeu sua predileção pela vacina de Oxford em total e descabido preconceito contra a chinesa, justamente para contrariar o seu desafeto político João Dória (PSDB) e possível adversário na corrida presidencial do ano que vem.
Enquanto testes apontam resultados de 50,3% na imunização da chinesa e 70% da inglesa, ambas vacinas foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta tarde de domingo (17). O percentual mínimo 50% de chances da pessoa contrair o vírus da covid-19 foi apresentado pelas fabricantes.
Observamos atualmente o interesse das pessoas na eficácia das vacinas que devem pôr fim à pandemia. Muitas delas criticam o percentual apresentado pelos testes, como se as outras imunizações as quais somos condicionados ao longo da vida fosse diferente. Veja que com eficácia de 60% a 70% faz-se o controle da gripe e da tuberculose.
A primeira pessoa vacinada foi uma mulher e negra. A enfermeira Mônica Calazans, 54, ganhou o Prêmio Notáveis CNN por seu empenho junto ao combate e cuidado de pessoas em hospitais onde participou das pesquisas. Atualmente dá plantão na UTI lotada do Hospital Emílio Ribas em SP e faz uso do transporte público. A agora vacinada, disse quando ganhou a honraria da CNN que não é cobaia e contou ter sido alvo de piadas enquanto participava das pesquisas. Além disso, afirmou se sentir honrada em fazer parte desse momento histórico. Nós também.
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