São Paulo fez vacinação preventiva contra febre amarela

São Paulo fez vacinação preventiva contra febre amarela

São Paulo fez vacinação preventiva contra febre amarela na região de divisa com Osasco antes mesmo do caso do Horto Florestal

Por MARCELO NEVES 24/10/2017 - 09:44 hs
Foto: DIVULGAÇÃO

A imunização e o fechamento do Parque do Horto Florestal e do Cantareira ocorre porque na sexta-feira (20), foi confirmado por exames sorológicos e histoquímico a presença do vírus da febre amarela em um macaco do gênero bugio, encontrado morto no Horto Florestal.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, devido à constatação, agentes sanitários farão uma varredura para a coleta de amostras de mosquitos e a partir da próxima semana será feita uma ação de controle de vetores no local. A transmissão do vírus para o macaco foi do tipo silvestre, já que o vetor encontrado foi o mosquito haemagogus, comum em regiões rurais e de mata. Cerca de 3 mil moradores de um assentamento dentro do parque estão sendo vacinados em operação conjunta do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.

Os parques públicos Horto Florestal e da Cantareira, áreas estaduais com densa vegetação remanescente da Mata Atlântica e que sempre recebem grande número de visitantes nos fins de semana vão ficar fechados, temporariamente, por medida de prevenção contra a febre amarela.

Nesta segunda (23), a prevenção se estenderá para outros bairros próximos dos parques. 

 

São Paulo divisa com Osasco

 

No mês de setembro, entre os dias 11 a 23, a Secretaria de Saúde de SP convocou crianças do distrito Anhanguera, que faz divisa com Osasco para vacinação preventiva contra febre amarela. O comunicado foi feito por informativos distribuídos nas escolas da região.

 

Este distrito situado na Zona Noroeste abrange os bairros de:

 

Anhanguera

 

Chácara Jaraguá

 

Conjunto Residencial Jardim Canaã

 

Conjunto Residencial Paraíso

 

Jardim Anhanguera

 

Jardim Britânia

 

Jardim Clei

 

Jardim Escócia

 

Jardim Jaraguá

 

Jardim Rosinha

 

Morada do Sol

 

Parque Anhanguera

 

Parque Esperança

 

Parque Morro Doce

 

Residencial Sol Nascente 1

 

Residencial Sol Nascente 2

 

Residencial Sol Nascente 3

 

Residencial Sol Nascente 4

 

Vila Chica Luíza

 

Vila dos Palmares

 

Vila Jaraguá e

 

Vila Sulina, e fica próximo a áreas de mata (no caso, o Parque Estadual do Jaraguá), com muitos habitantes vivendo ainda em áreas consideradas rurais - a população local gira em torno de 40 mil habitantes.

 

 

O chamado foi realizado com o cuidado de informar que esta foi uma ação preventiva contra a doença e que “não havia transmissão de febre amarela na cidade de São Paulo”. Apesar do caráter preventivo, a ação deixou clara a importância de se combater a febre amarela naquele momento, pois, uma das preocupações das autoridades de vigilância em saúde, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a doença, era o risco de reurbanização da transmissão de febre amarela, endêmica na Região Amazônica e associada a áreas de mata.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo informou que o objetivo da vacinação era o de "fechar uma possível ‘porta de entrada’ da febre amarela no município de São Paulo", já que foi avaliado que o distrito Anhanguera "estava vulnerável devido à proximidade de áreas de risco para transmissão da doença". A secretaria disse que, naquele momento, não haveria necessidade de vacinar toda a população paulistana.

Ao longo deste ano foram notificados 22 casos e 10 mortes por febre amarela silvestre autóctones no estado de São Paulo. Não há casos da doença do tipo urbano no país desde 1942.

FICA O ALERTA QUE “é importante destacar que macacos não transmitem a febre amarela para a população. Esses animais são hospedeiros do vírus, transmitido de forma silvestre pelos mosquitos haemagogus e sabethes”.

 

 

Outro: Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, é preciso dose única da vacina para imunizar a pessoa pela vida toda, a secretaria adverte ainda que ela é contraindicada a gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é sempre importante consultar o médico.

 

Informações: SMS/SP