Defesa Civil estuda uso de tecnologia de ponta que antecipa possíveis deslizamentos

Defesa Civil estuda uso de tecnologia de ponta que antecipa possíveis deslizamentos

Por Gilberto de Almeida 26/01/2022 - 21:58 hs

Ter condições de antecipar qualquer possibilidade de deslizamento nas seis áreas de risco em Barueri e com isso evitar mortes. Tal tecnologia envolvendo sensores para monitoramento já é capaz de identificar com precisão, antecipando em dias ou em horas, desmoronamentos de encostas, morros ou outros tipos de terrenos irregulares.


Foi para tratar sobre esse serviço tecnológico que a direção da Defesa Civil de Barueri recebeu na terça-feira, dia 25, pesquisadores das empresas GeoVista (brasileira) e CKC (japonesa), especializadas em monitoramentos, pesquisa e mapeamento de áreas e de setores de gestão pública como pavimentação, iluminação, sinalização, meio ambiente, drenagem, zeladoria etc.

A CKC desenvolveu tecnologia com sensores de umidade e de inclinação, além de módulos de transmissão capazes de registrar micro movimentações de terras em determinadas áreas cujos dados enviados a uma central de monitoramento antecipam possíveis deslizamentos.

Países como o Japão, China, Indonésia e Índia utilizam a tecnologia japonesa em áreas de risco.


Salvamento de vidas
Esse tipo de previsão pode auxiliar a Defesa Civil a retirar eventuais moradores em áreas que se transformaram em risco (por conta de grande volume de chuvas, por exemplo) e isolá-las. “Ou até mesmo evitar que o próprio deslizamento aconteça, dependendo do tempo da antecipação do acidente”, explicou Angelo Sebatião Zanini, professor do Instituto de Engenharia Mauá e diretor da GeoVista.


A Prefeitura de Barueri e a GeoVista estão avaliando a formalização de um Termo de Cooperação para a instalação de equipamentos de monitoramento de área de risco. “Recebemos hoje uma apresentação do que há de mais avançado no mundo nessa tecnologia”, afirmou o secretário-adjunto de Segurança e Mobilidade Urbana (SSMU), José Roberto Rodrigues de Oliveira, pasta à qual a Defesa Civil está vinculada.

Os sensores de umidade e de inclinação são fincados na terra com o auxílio de uma haste ficando cerca de 50 centímetros abaixo do nível do solo. As condições geológicas dos terrenos determinam a quantidade necessária de sensores a serem instalados.


A Defesa Civil realizou o último mapeamento das áreas de risco da cidade em 2020, identificando seis locais suscetíveis a deslizamento e outros seis de alagamento.

Para o secretário da SSMU, Rinaldo de Albuquerque Pereira, o monitoramento de áreas de risco é fundamental para a Administração garantir a segurança dos moradores, além de fazer parte da nova política da pasta, pautada na garantia de Direitos.