ERRATA HOMEM DE 51 ANOS TENTA SUICÍDIO NO JD. NOVO OSASCO

ERRATA HOMEM DE 51 ANOS TENTA SUICÍDIO NO JD. NOVO OSASCO

Por Gilberto de Almeida 02/07/2019 - 08:58 hs
Foto: DIVULGAÇÃO

Na noite de ontem 01/07/19, divulgamos uma reportagem com o Titulo de que Um jovem de 22 anos tentou Suicidio no jd. Novo Osasco, zona sul de Osasco, informamos erroneamente sua idade e que seria um jovem.

Após contato de familiares com a redação do Portal NOR através das redes sociais e comnetários na matéria anterior, estamos corrigindo as informações incorretas que divulgamos anteriormente, o homem que teria tentado suicidio segundo informações oficiais do Ttwitter do Corpo de Bombeiros na verdade possui 51 anos de idade, e segundo os familiares não possui Deficiência Intelectual como divulgamos, os familiares informaram ainda que ele estava sob efeito de bebida alcoólica e teria caido.

O Fato aconteceu na Rua Desbravadores 768 com a Rua: Jesuino Antonio no jd. Novo Osasco, informações divulgadas pelo twitter do Corpo de Bombeiros, o homem inicialmente pulou e caiu na rede elétrica e posteriormente no solo.

A vitima foi socorrida por 03 viaturas do Corpo de Bombeiros e posteriormente levado de Helicóptero Águia 06 ao Hospital das Clinicas, ele teve parada cardíaca e politraumas, nossa redação apurou ele se encontra internado na UTI do Hospital das Clinicas. 

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgado pelo Portal G1 em maio deste ano, diz que adolescentes e jovens negros têm a maior chance de cometer suicídio no Brasil.

Ainda de acordo com esse levantamento na faixa etária de 10 a 29 anos foi 45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre Brancos no ano de 2016. A diferença é ainda mais relevante entre os jovens negros de sexo masculino: a chance de suicídio é 50% maior neste grupo do que entre brancos na mesma faixa etária.

Enquanto a taxa de mortalidade por suicídio entre jovens e adolescentes brancos permaneceu estável de 2012 a 2016, o número aumentou 12% na população negra com a mesma idade. Analisando esses dois grupos em 2016, nota-se que a cada 10 suicídios em adolescentes e jovens aproximadamente seis ocorreram em negros e quatro em brancos.

Enquanto a taxa de mortalidade por suicídio entre jovens e adolescentes brancos permaneceu estável de 2012 a 2016, o número aumentou 12% na população negra com a mesma idade. Analisando esses dois grupos em 2016, nota-se que a cada 10 suicídios em adolescentes e jovens aproximadamente seis ocorreram em negros e quatro em brancos.

Adolescentes homens têm maior risco

A taxa de mortalidade por suicídio entre adolescentes e jovens negros apresentou um crescimento significativo no período de 2012 a 2016. Em 2012, a taxa foi de 4,88 óbitos por 100 mil. O número aumentou 12% e chegou a 5,88 óbitos por 100 mil mo ano de 2016.

No mesmo período, a taxa de mortalidade por suicídio entre os jovens e adolescentes brancos permaneceu estável. Em 2012, a taxa nesse grupo foi de 3,65 óbitos por 100 mil. Em 2016, essa taxa foi de 3,76 óbitos por 100 mil.

Em todos os anos analisados, o número de suicídios foi maior entre adolescentes e jovens negros quando comparados com os brancos.

Em 2012, a cada 100 suicídios entre adolescentes e jovens brancos ocorreram 134 em adolescentes e jovens negros. O maior risco foi observado em 2016: neste ano, a cada 100 suicídios em adolescentes e jovens brancos, ocorreram 145 suicídios entre negros. Assim, o risco de suicídio foi 45% maior na população jovem negra.

Construção de identidade na juventude

Para entender porque o suicídio atinge mais jovens negros do que jovens brancos é necessário analisar os impactos do racismo na sociedade, segundo a médica Rita Borret, presidente da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio de Janeiro.

Organizadora do Seminário Nacional de Saúde da População Negra na Atenção Primária, Borret explica que o racismo causa impactos danosos que afetam significativamente os níveis psicológicos e psicossociais de qualquer pessoa. No caso dos jovens e adolescentes, os efeitos são ainda mais graves.

"O jovem negro, quando está na fase de construir sua própria identidade, a constrói a partir do entendimento de que ser negro é ser inferior, ser feio, ser menos valorizado", explica. "Essa percepção de não pertencimento faz com que esse jovem tenha um sofrimento e um adoecimento muito maior e pode, em muitos casos, levar ao suicídio negro."

A cartilha do Ministério da Saúde reconhece o racismo como um dos fatores de risco para suicídio. Rejeição, discriminação e racismo são fatores determinantes de risco para o suicídio, segundo o ministério.

Para Borret, os dados da cartilha recém-lançada comprovam que o racismo e a desigualdade racial afetam a ocorrência de problemas de saúde e potencializam seus fatores de risco.

"Viver em uma sociedade que trata diferente pessoas negras e brancas é adoecedor, gera um sofrimento e uma sensação de preterimento", explica a médica. "Por isso são necessárias políticas públicas focadas na saúde da população negra."

Como prevenir o Suicídio 

Setembro é o mês da conscientização sobre o suicídio porque, apesar de ser uma das principais causas de morte no mundo todo, ele pode em boa medida ser prevenido. Para tanto é importante conhecer os três principais fatores ligados a esse comportamento.

 

1 – A presença de um transtorno mental – estima-se que 90% das pessoas que colocam fim à própria vida tenham algum transtorno mental, principalmente transtornos do humor (depressão e transtorno bipolar), transtornos psicóticos e dependências químicas. Ter alguma dessas doenças apenas não basta, normalmente há também:

2 – A sensação de estar sem saída – o gatilho usualmente é uma crise grave, um dilema pessoal muito importante, uma situação para a qual não se vê saída. Cientistas calculam que a crise econômica internacional levou a um aumento de casos, sendo responsável por 10.000 “suicídios econômicos” entre 2008 e 2010, por exemplo. Mas ainda assim é difícil que a pessoa se mate sem ter:

3 – Acesso a meios letais – diante do desespero da situação, com a qual não se consegue lidar por conta de um transtorno mental, atos extremos acontecem. Se for fácil ter acesso a formas eficazes de morrer, a chance de o suicídio é maior. Trabalhar armado ou ter arma em casa, não ter rede de proteção nas janelas, lidar com venenos ou drogas, são todos fatores que tornam um ato que talvez fosse impulsivo numa atitude fatal.

É a partir desse tripé que se pode elaborar estratégias de prevenção.

1 – Aumentar o esclarecimento da população sobre os transtornos mentais e disponibilizar tratamentos eficazes – quanto mais as pessoas conhecem depressão, bipolaridade, esquizofrenia etc., maior a probabilidade de procurar atendimento se necessário. Claro que é fundamental que encontrem ajuda quando procurarem.

2 – Oferecer esperança – iniciativas como o CVV (telefone 141), aconselhamentos e mesmo a famosa experiência da ponte coreana (veja) mostram que mesmo pessoas em crise podem ser demovidas do plano de morrer se vislumbram alguma saída, coisa que tais iniciativas conseguem fazer. A campanha americana It gets better (Vai melhorar, numa versão livre), para prevenção de suicídio entre adolescentes que sofriam preconceito por serem gays, baseava-se em vídeos de adultos gays que atravessaram essa fase de bullying e sobreviveram. Às vezes basta alguém dizer que vai melhorar para que o instinto de sobrevivência retome o controle.

3 – Restringir acesso a meios letais – essas iniciativas foram bem sucedidas de todas as formas que já foram implementadas. A troca do gás encanado por gás não letal, o banimento de pesticidas tóxicos, a construção de barreiras em pontes – tudo o que historicamente dificultou um pouco o ato de se matar reduziu as taxas de suicídio. As pessoas não mudam simplesmente de um meio para o outro, elas repensam a decisão.

 

Com informações: Portal G1 e Daniel Martins de Barros - Psiquiatra ( Estadão)